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3 fatores de risco da relação entre álcool e saúde digestiva

Pesquisas mostram que o brasileiro está exagerando mais na bebida e esse excesso de álcool pode estar colocando sua saúde digestiva em risco.

Uma das datas importantes de maio, o Dia Mundial da Saúde Digestiva vem acompanhado de um alerta para o aumento no consumo de álcool no Brasil em 2021. Pesquisas mostram que o brasileiro tem gastado em média R$ 310,70 por mês com bebidas, 4,3% acima do ano passado.

Homem despeja bebida alcoólica em copo de vidro.
Gasto com bebidas alcoólicas do brasileiro aumentou e exagero pode desencadear doenças

Diante disso, o médico Thiago Tredicci, cirurgião do aparelho digestivo da Singulari Medical Team, ressalta o perigo por trás do consumo exagerado de álcool o organismo. “O abuso é responsável por aumentar o risco do desenvolvimento de pelo menos 60 doenças, tanto agudas como crônicas”, frisa.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), esse aumento está ligado a sentimentos como estresse e ansiedade. Porém, o que preocupa é que 35% dos entrevistados entre 30 e 39 anos admitiram que têm passado do ponto com maior frequência, comportamento tecnicamente conhecido como beber pesado episódico (BPE). E qual é o saldo da relação entre álcool e saúde digestiva?

1. Álcool e saúde digestiva não combinam

Na verdade, o cenário é complexo. Dentre as consequências desse abuso estão desde problemas cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral (AVC) e até doenças neurológicas como o Alzheimer ou outras capazes de levar à demência. No entanto, Thiago Tredicci lembra que doenças graves do aparelho digestivo também merecem ser mais debatidas.

De acordo com o médico, o consumo excessivo de álcool é responsável por 2,5 milhões de mortes por ano somente no que diz respeito às doenças do fígado. “Ele perde apenas para a hepatite C como a principal causa de cirrose”, afirma. Além disso, essa ingestão exagerada também coloca em risco o pâncreas e o tubo digestivo como um todo.

2. Problemas em cascata

Assim, uma vez desenvolvidas doenças crônicas como a cirrose hepática – resultado de lesões permanentes no fígado -, elas podem levar ao surgimento de outras complicações como hemorragias e até câncer primário do fígado.

Mais do que isso, o cirurgião do aparelho digestivo menciona a pancreatite, que causa forte dor abdominal súbita acima do umbigo. Em sua forma aguda, o problema costuma levar o paciente à emergência para internações longas com a suspensão da alimentação pela boca para controle da dor. Caso o quadro piore, é possível terminar com o óbito do paciente.

Já em sua forma crônica, a dor da pancreatite é menor, porém recorrente. Esse sintoma pode ser acompanhado de diarreia, perda de peso e, por vezes, até mesmo de diabetes. Não bastasse a redução considerável na qualidade de vida do paciente, a pancreatite está associada ainda ao surgimento do câncer de pâncreas.

3. Não existem fórmulas mágicas

Como Thiago explica, os últimos anos viram um aprimoramento dos estudos fazendo um paralelo entre o álcool e efeitos negativos na saúde digestiva como um todo. Atualmente, já se sabe que tanto a bebida alcoólica como os produtos de sua metabolização no organismo têm efeitos nocivos.

Dr. Thiago Tredicci, cirurgião do aparelho digestivo

Por isso mesmo, ele destaque que os dados de consumo elevado preocupam. Ao mesmo tempo, o médico explica não é simples tentar definir quantidades seguras de ingestão. “Existe a sugestão em estudos de que doses diárias pequenas poderiam ser benéficas. Porém, isso muda muito de pessoa para pessoa, entre gênero masculino e feminino e até no que se refere à periodicidade do consumo. Doses diárias entre 60 e 80 gramas para homens e em torno de 20 gramas para mulheres podem desencadear as doenças do fígado. É extremamente recomendável que as pessoas moderem a ingestão da bebida ou que sejam abstêmias”, conclui.

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