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Hipertensão: 4 motivos para levá-la a sério

Hipertensão atinge cerca de 30% dos brasileiros e causa doenças como AVC e infarto de forma silenciosa. Jovens também podem estar em risco.

É preciso levar a hipertensão a sério, afinal ela atinge cerca de 30% dos brasileiros. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que parte da população registra pressão acima do popular 14 por 9. Isso significa que mais de 63 milhões de pessoas no Brasil podem estar sujeitas a doenças graves como insuficiência cardíaca, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), dentre outras. Então, confira 4 motivos para tratar a famigerada “pressão alta” com muita seriedade:

Foco nos braços de médica de jaleco e jovem de camisa xadrez enquanto a especialista usa um aparelho para aferir a pressão do paciente
É importante levar a hipertensão à sério. Comum entre idosos, ela pode afetar adultos jovens obesos e que abusam do consumo de álcool

1 – A hipertensão é um mal silencioso

Um dos pontos que tornam a “pressão alta” mais preocupante é o fato de que, segundo dados do Ministério da Saúde, pelo menos metade da população hipertensa no Brasil provavelmente sofre com a doença sem ter sido diagnosticada ainda. Esse cenário é agravado pela falta de sintomas claros em boa parte dos casos.

Em suma, a hipertensão é uma condição frequentemente assintomática. Diante disso, o grande perigo é que os pacientes que permanecem acima de 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio) costumam evoluir com uma alteração estrutural e funcional em diversos órgãos como coração, cérebro, rins e o sistema vascular.

2 – Jovens precisam levar a hipertensão a sério

É verdade que os idosos formam o principal grupo de risco para a hipertensão arterial. Entre eles, o quadro geralmente é resultante do endurecimento progressivo das grandes artérias. Dados mostram que com o envelhecimento da população brasileira, tem ocorrido um aumento da prevalência da doença. Hoje, 65% das pessoas acima dos 60 anos apresentando o problema.

Contudo, pessoas com sobrepeso e obesas também estão em risco de desenvolver a doença. Estudos vêm mostrando uma relação quase direta e linear entre o excesso de peso e a elevação nos índices de pressão arterial. Assim, mesmo adultos jovens podem estar expostos aos efeitos negativos da “pressão alta“.

3 – Excesso de sódio por todos os lados

Além disso, é importante destacar que hábitos alimentares e estilo de vida pouco saudável podem contribuir para aumentar as chances de hipertensão. Isso também vale para pessoas mais jovens. Dentre os principais fatores estão o consumo excessivo de sódio, o sedentarismo e a ingestão elevada de álcool.

De acordo com especialistas, pacientes que ingerem seis ou mais doses de álcool por dia têm maior prevalência de hipertensão arterial. Vale ressaltar que cada dose é equivalente a 30 gramas diários. Além disso, é preciso ficar atento à existência de muitos alimentos ricos em sódio.

De fato, as ameaças estão por todos os lados. As carnes processadas como presunto, mortadela e salsicha, bacon, carne seca, alimentos enlatados, extrato de tomate, conservas de milho e ervilha, os queijos, principalmente os amarelos como parmesão e provolone, bem como temperos prontos, todos são exemplos de alimentos com alta concentração de sódio.

4 – Cuidados para além do consultório

Antes de tudo, é importante ter em mente que apenas o médico de cada paciente pode individualizar e indicar o que é melhor. Portanto, é importante seguir com consultas periódicas e sempre investigar qualquer sintoma suspeito. Contudo, especialistas consideram a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, ou Abordagem Dietética para Parar a Hipertensão) uma ótima recomendação de tratamento não medicamentoso.

Em suma, esse tipo de alimentação foi capaz de reduzir a pressão arterial, efeito atribuído ao maior consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais somados ao consumo moderado de oleaginosas e redução de gorduras, doces, bebidas com açúcares e carne vermelha. Mais do que isso, alguns estudos demonstraram que a adesão à dieta DASH está associada ao menor risco de AVC, de mortalidade cardiovascular e de doença renal.

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