Cirurgias robóticas já correspondem a mais de 15% do total ao redor do mundo. No entanto, o Brasil ainda concentra pouco mais de 1% dos dispositivos.
A cirurgia robótica na urologia e em outras áreas vem ganhando cada vez mais espaço mundialmente. Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estima que os procedimentos assistidos por robôs já correspondem a mais de 15% do total mundial. Para o médico urologista Frederico Xavier, membro da Singulari Medical Team, esse avanço é natural diante de seus benefícios. “Por ser minimamente invasiva e de menor duração, a cirurgia robótica permite que o paciente retome suas atividades diárias rapidamente”, explica. Mas quais são as melhorias dessa abordagem?
Seja pela falta de sintomas, de diagnóstico precoce ou pela complexidade da doença, alguns casos têm a intervenção cirúrgica como a melhor opção de tratamento. Para essas situações, o reforço da cirurgia robótica vem trazendo mais tranquilidade para os pacientes que precisam se submeter à extração de tecidos sem grandes traumas.
De fato, um grupo de médicos de diferentes universidades e hospitais brasileiros realizou um levantamento entre profissionais que já usaram esse método. Dos entrevistados, 80% afirmaram que a experiência com o suporte de robôs foi positiva e contribuiu para um aprimoramento de suas técnicas.
Para o urologista, a precisão da cirurgia robótica na urologia ajuda a reduzir o receio do paciente. Além disso, ele também traz uma melhora significativa para o prognóstico de conservação de órgãos. Um exemplo é o caso da remoção de tumores cancerígenos nos rins. “O que o robô acrescenta na urologia são vantagens como a fineza nos movimentos e câmera 3D com aumento de imagem. Isso resulta em um procedimento com maiores possibilidade de preservação do rim”, exemplifica.
Números mostram que mais de 5.500 unidades do console para cirurgia robótica patenteado pela principal empresa no mercado já estão em uso no mundo. Diante disso, é importante entender como funciona a cirurgia robótica na urologia. Na verdade, não se trata de um robô capaz de operar um ser humano, mas sim de um equipamento de última geração controlado pelo cirurgião.
Assim, o que se tem é um médico responsável pelo procedimento agindo por meio de um robô de quatro braços. Enquanto um deles guia uma pequena câmera 3D, os outros três são usados para manusear os instrumentos cirúrgicos com precisão milimétrica. Além disso, um segundo cirurgião também participa do procedimento para qualquer eventualidade.
Por fim, enquanto boa parte dos usos da tecnologia no Brasil ainda são destinados a cirurgias urológicas, Frederico Xavier aponta a importância de tornar esse tratamento mais conhecido e acessível. “Além de ser mais rápida, a cirurgia robótica tem menos sangramento, menos dor e menos complicação pós-operatória. Isso faz com que a intervenção seja menos traumática para o paciente”, conclui.
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