A saúde masculina é assombrada por um dado muito preocupante. De acordo com o Centro de Referência em Saúde do Homem, mais de 50% deles chegam aos consultórios com doenças em estágios avançados. Isso significa que já precisam de intervenções cirúrgicas ou buscam tratamento quando algum sintoma atrapalha muito a rotina.

Mas qual é o resultado disso? Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens vivem sete anos a menos que as mulheres. O que explica isso é a menor adesão às consultas de rotina. Além disso, eles também abandonam as medicações ou o seguimento do tratamento recomendado com mais frequência.

De olho no Dia do Homem, veja três cuidados das mulheres que você pode adotar para melhorar tanto individualmente como para contribuir com o cenário global da saúde masculina:

1. Saúde masculina acompanhada desde cedo

Na verdade, enquanto as mulheres são levadas pelas mães ao ginecologista, muitos meninos não fazem acompanhamento com um urologista. Mais do que isso, essa ausência persiste até os 50 anos, quando eles chegam ao consultório para fazer check-up e iniciar o rastreamento do câncer de próstata.

Na verdade, o medo dos homens de irem ao médico pode estar ligado a diversos tabus e isso causa impactos negativos na saúde masculina, além de ocultar o diagnóstico de doenças silenciosas. Segundo a equipe de urologistas da Singulari Medical Team, por um bom tempo a sociedade criou uma imagem do homem infalível, provedor, que não fica doente e que não precisa de ajuda para resolver seus problemas.

“Esse impacto cultural ainda é muito forte em algumas regiões do nosso país. Não devemos ter vergonha de procurar ajuda ou atendimento para sanar dúvidas, cuidar da saúde ou tratar doenças. Recomendamos que os homens iniciem seguimento regular com o urologista ainda na adolescência, para que já cultivem o hábito de se cuidar”, afirma o médico Frederico Xavier.

2. É melhor prevenir

A máxima “é melhor prevenir do que remediar” vale muito quando se fala da saúde masculina. Diante disso, como acontece com as mulheres, algumas doenças podem afetar os homens mais na adolescência e no início da vida adulta. Dentre elas, é possível citar exemplos como o câncer de testículo e a torção testicular.

Por isso, é importante que eles também busquem medidas preventivas ainda enquanto mais jovens, como ressalta o urologista Rodrigo Lima. “A vacina para HPV também está indicada em meninos entre 9 e 14 anos, antes do início de atividade sexual. Infecções sexualmente transmissíveis, avaliação de fertilidade, cálculos renais, entre outros, são situações vistas em consultório, muitas vezes, em homens mais jovens”, explica.

3. Relação de confiança

Os atrasos nos diagnósticos e no início do tratamento de algumas doenças urológicas podem impactar os resultados desses tratamentos. A hiperplasia prostática benigna é outro bom exemplo. Embora seja um crescimento benigno da próstata, ela tem consequências na saúde do homem quando diagnosticada e tratada tardiamente.

Mais do que isso, a demora em iniciar avaliação pode comprometer o funcionamento da bexiga, levando um paciente que seria candidato a tratamento com remédios a ter uma indicação cirúrgica, caso demore muitos anos para procurar ajuda.

Assim, os especialistas da Singulari Medical Team reforçam a importância da criação de uma relação de confiança com profissionais de saúde ao longo da vida. Como acontece com as mulheres que iniciam ainda cedo o acompanhamento ginecológico, a saúde do homem pode se beneficiar de forma geral com esse cuidado básico.

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“Sempre gosto de mencionar com os pacientes que, mais do que buscar doenças, o acompanhamento com o urologista de confiança é uma medida importante de promoção de saúde. É uma ótima oportunidade para o paciente checar a sua saúde como um todo, aferir a pressão arterial, dosar glicemia, colesterol, ácido úrico, função da tireoide e do fígado, avaliar os órgãos abdominais com ultrassonografia e outros cuidados”, finaliza o Rodrigo.