Laser íntimo pode ser usado para reverter ressecamento vaginal bem como outros problemas que impactam negativamente as relações sexuais e a autoestima da mulher.
A pandemia tem impactado a relação de casais de diversas formas. Além de outros pontos, isso reforça a importância do sexo para a qualidade de vida de homens e mulheres. Contudo, além de fatores emocionais, manifestações físicas como o ressecamento vaginal e outras podem estar relacionadas à redução na atividade sexual feminina.
Para esses casos, a médica Ana Flávia Cavalcante, ginecologista da Singulari Medical Team, ressalta que o laser íntimo tem se mostrado como uma tecnologia inovadora e não invasiva capaz de reverter diversos efeitos. Mas a quem ele é indicado?
Antes de tudo, é importante entender quais são as ameaças à vida sexual feminina e como elas surgem. Como explica a médica, a secura da vagina, por exemplo, pode ser consequência de diversos fatores simples, como o hábito de lavar dentro do canal vaginal, candidíase de repetição, diminuição da libido por problemas conjugais ou pessoais, estresse e pelo uso de alguns medicamentos.
Além disso, a diminuição na produção de estrogênio, hormônio feminino responsável pelo vigor do tecido vaginal, também pode levar ao ressecamento. Ainda assim, a causa mais frequente de impacto negativo na relação sexual é a menopausa.
Estudos do Harvard Medical School calculam que pelo menos 50% das mulheres no período pós-menopausa experimentam o quadro de ressecamento. Apesar disso, a ginecologista aponta que o laser íntimo pode trazer uma solução simples para o problema. “É possível retomar atividades normalmente após o procedimento. Os efeitos colaterais são mínimos e temporários como desconforto local e edema leve”, esclarece.
Como explica a médica, o laser íntimo atua estimulando a lubrificação vaginal e regenerando o tecido local, com indicação para melhorar o ressecamento. De fato, essa melhora atende tanto mulheres na pós-menopausa, no pós-parto, após tratamento oncológico ou em diversos outros casos.
Contudo, a ginecologista ressalta que existem outros benefícios dessa tecnologia. Ela explica que após o parto vaginal, os efeitos da episiotomia – incisão feita durante o procedimento para ampliar o canal – podem gerar repercussões. Dados mostram que 1 e cada 4 mulheres submetidas a esse procedimento sentiram impacto na vida sexual.
Para Ana Flávia, o laser íntimo se coloca como uma ótima solução para melhorar quadros de fibrose ou cicatriz na região genital feminina. Ela explica que isso serve tanto para essa intervenção, demais cirurgias ginecológicas ou outras queixas. “Ele também pode recuperar do tônus vaginal para as queixas de flacidez local. Outro uso é o tratamento para incontinência urinária leve, principalmente nas pacientes após menopausa”, completa.
Além disso, a tecnologia também atua melhorando a elasticidade vaginal, o que é uma ótima solução para as mulheres submetidas a radioterapia pélvica em decorrência de tratamento do câncer de colo uterino. A médica esclarece que a perda da elasticidade é um sintoma comum da radioterapia. Contudo, o laser íntimo é capaz de restaurar o tecido, melhorando de forma significativa essa queixa.
Criado a partir de duas tecnologias distintas com eficácia cientificamente comprovada, o laser íntimo é aplicado dentro e fora do canal vaginal. Ele estimula as células produtoras de colágeno – chamadas de fibroblastos – a regenerar o tecido local.
Diante de sua segurança e baixo impacto, o procedimento é executado em consultório com suporte de anestésico tópico. Em alguns casos, a paciente sequer sente qualquer tipo de dor durante a sessão. “O processo pode ser indolor ou causar uma dor leve. Normalmente a aplicação do laser pode durar entre 20 e 60 minutos dependendo da tecnologia utilizada”, explica a médica.
A especialista ressalta a importância de fazer uma avaliação ginecológica especializada antes da realização do procedimento. Ela serve para avaliar se o uso do laser íntimo é realmente o melhor tratamento para o caso em questão.
Depois dessa etapa e do início do tratamento, os resultados podem ser observados em até 45 dias após a primeira sessão. De acordo com a ginecologista, o tratamento geralmente tem três sessões com intervalo de 30 a 60 dias entre elas. Porém, o número exato de sessões pode variar com a resposta de cada organismo.
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