Estudos mostram baixa mortalidade e controle eficaz com acompanhamento meticuloso da doença em estágios muito iniciais e com baixa agressividade.
A vigilância ativa é uma grande aliada dos pacientes com câncer de próstata. Ainda considerado o segundo tipo mais comum em homens e em números absolutos, ele afeta a glândula masculina situada abaixo da bexiga e próxima ao reto. Além disso, o tumor pode evoluir e se espalhar para outros órgãos. Porém, novos estudos apontam que a adoção da vigilância ativa é uma forma segura de acompanhar o paciente sem submetê-lo de imediato a tratamentos curativos como cirurgia ou radioterapia e suas possíveis sequelas.
De acordo com os especialistas em urologia da Singulari Medical Team, essa pode ser uma opção capaz de manter a qualidade de vida do paciente que tem manifestações menos agressivas da doença. Como eles explicam, é uma forma interessante de evitar os riscos presentes nos tratamentos para o câncer de próstata.
“Os principais são disfunção erétil e incontinência urinária, tanto na cirurgia como na radioterapia. Além disso, a irradiação da bexiga e do intestino pode fazer o paciente apresentar sangramento urinário a longo prazo, sangramento pelas fezes e diarreia. A vigilância ativa isenta o paciente desses riscos”, afirma o médico Rodrigo Lima.
A vigilância ativa é uma opção oferecida aos pacientes em casos iniciais da doença considerados de baixo risco. Para isso, são medidos os resultados de biópsias que apresentam poucos fragmentos positivos acometidos, baixo grau de agressividade e dosagem de PSA menor do que 10.
Entretanto, os especialistas alertam que essa abordagem requer um acompanhamento bastante cuidadoso. “O paciente deve ter uma vigilância muito próxima, com exames regulares. Deve ser feito o teste de PSA de três em três meses. Eventualmente, ele vai precisar fazer ressonâncias magnéticas e é necessário que ele realize novas biópsias de próstata durante o acompanhamento”, explica Rodrigo. Essa atenção é importante porque, caso os exames mostrem uma progressão do tumor, a vigilância ativa é substituída pelo tratamento curativo.
A maior vantagem da vigilância ativa é a baixa mortalidade e impacto na qualidade de vida do paciente. Como o nome sugere, ele se limita ao acompanhamento do tumor. Segundo os urologistas da Singulari Medical Team, existem diversos estudos na literatura urológica que mostram que apenas a minoria desses pacientes progridem para doenças mais agressivas, que vão necessitar de algum tratamento.
O principal obstáculo dessa abordagem ainda é o baixo acesso aos exames necessários para esse acompanhamento na rede pública. Porém, os especialistas destacam que é importante considerar a vigilância ativa em pacientes que têm uma manifestação de baixo grau da doença. Isso vale especialmente para os muito idosos e que normalmente não seriam submetidos aos tratamentos curativos diante dos riscos. Consulte um urologista sobre o assunto e saiba mais!
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