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Apesar do susto, prostatite aguda que afetou governador de Goiás é comum

Doença é o principal motivo das visitas de homens entre 20 e 50 anos ao consultório, mas requer acompanhamento adequado. Entenda.

Em 2022, uma prostatite aguda pegou de surpresa o governador Ronaldo Caiado, que chegou a suspeitar da possibilidade de infecção por COVID-19 ou Influenza. Depois de testes negativos, o político veio a público com a suspeita de uma inflamação da próstata. Apesar do susto, os urologistas Rodrigo Lima e Frederico Xavier, membros da Singulari Medical Team, explicam que essa é uma ocorrência comum que, segundo estimativas, devem atingir pelo menos 50% dos homens no mundo todo ao longo da vida.

Prostatite aguda é principal motivo da ida de homens ao urologista.

Causas e sintomas da prostatite aguda

Como explica Rodrigo Lima, a prostatite é uma inflamação ou infecção na próstata mais comum do que se imagina. “Parece ser uma doença que não se ouve falar muito, mas é uma condição muito frequente no consultório do urologista. Ela é a principal causa de doença prostática em homens entre 20 e 50 anos. E ela volta também a ter importância nos pacientes que estão além dessa idade por conta do crescimento benigno da próstata”, esclarece.

De acordo com o especialista, é muito comum que alguma bactéria presente na urina entre e se aloje na próstata, causando processo infeccioso ou inflamatório. Os pacientes costumam sentir dor no pé do abdômen – região chamada de baixo ventre. Além disso, também é possível sentir ardência para urinar e dificuldade pelo inchaço da próstata, que acaba comprimindo o canal da urina. Finalmente, pode haver dor na região do períneo – que fica entre a bolsa testicular e o ânus – e sintomas ejaculatórios.

“Quando temos uma inflamação ou infecção aguda, que é a prostatite bacteriana aguda, esse paciente também pode ter sintomas constitucionais como febre, vômitos e muitas vezes precisar de internação para utilizar antibiótico venoso”, avalia o urologista.

Ainda que o acompanhamento de um especialista seja capaz de constatar a doença com eficácia, o médico Frederico Xavier ressalta que alguns sintomas mais gerais do corpo podem gerar alguma confusão. “Quando temos o mal-estar e febre, presentes no caso de prostatite aguda além dos sintomas urinários, pode ser confundido com alguma virose. Estamos em uma época de muitas doenças respiratórias agudas que vão além da COVID-19, então, sem a avaliação adequada, é relativamente fácil confundir”, argumenta.

Tratamento pode exigir internação

É importante saber que as prostatites são divididas em agudas e crônicas. Nos casos agudos, que são inflamações mais repentinas como a que afetou o governador de Goiás, o tratamento costuma ser feito com o uso de antibiótico durante quatro a seis semanas. “Dependendo de como os exames de sangue do paciente estiverem, costuma-se usar antibiótico venoso de dois a cinco dias em um ambiente hospitalar e depois complementar o tratamento com essa medicação de forma oral em casa”, explica Rodrigo.

Por outro lado, existem também os casos de prostatite crônica, que são infecções mais arrastadas. Para elas, os especialistas afirmam que pode ser necessário usar antibióticos por um período de 10 a 12 semanas. “Além dos antibióticos, na fase aguda se utiliza também anti-inflamatórios para poder reduzir o edema da próstata e medicamentos para poder relaxar o canal urinário e facilitar a drenagem de urina pela bexiga também. São vários remédios para tentar aliviar o quadro urinário e o quadro geral do paciente”, reforça Frederico.

Quadros graves são raros

Ainda que a doença do governador tenha pegado todos de surpresa, os urologistas salientam que a evolução para quadros graves é rara. “O mais comum é que o paciente responda bem ao tratamento com antibióticos e em dois ou três dias apresente uma boa evolução. Com a melhora clínica já é possível complementar de modo ambulatorial o tratamento em casa e depois manter o segmento com o urologista, checando o tamanho da próstata”, pontua Rodrigo.

Também por isso, o médico reforça a importância do acompanhamento regular com um urologista. A recomendação é que os homens comecem a dar maior atenção à saúde da próstata a partir dos 40 a 50 anos. É a partir dessa idade que ela pode manifestar algumas doenças ou o crescimento benigno. Já o rastreamento para câncer de próstata começa aos 50 anos. “Existe sempre esse risco ao longo da vida de o homem desenvolver uma inflamação ou infecção na próstata que são as prostatites. É importante ter um urologista de confiança cuidando sempre da saúde prostática”, alerta Rodrigo.

Como evitar a prostatite

Além disso, Frederico Xavier reforça que a ocorrência de infecção na urina em homens é um quadro comum apenas na infância ou na velhice. Assim, alguns cuidados são fundamentais para evitar a ocorrência da prostatite. “Entre 20 e 40/50 anos, a principal causa de sintomas urinários como ardência para urinar, dor no abdômen inferior e sensação de desconforto na uretra é prostatite. Em pacientes mais jovens podem inclusive ser bactérias sexualmente transmissíveis como clamídia, tricomonas, e em pacientes com a idade mais avançada o mais comum é que seja bactérias próprias do nosso organismo que acabam adentrando a urina de alguma maneira e isso acaba se alojando na próstata”, completa.

Dentre os cuidados, o urologista lista beber bastante água, evitar a retenção de urina por muito tempo na bexiga e usar preservativo durante a relação sexual. Por fim, o especialista destaca que o exame de toque na próstata não deve ser realizado em caso de infecção ou inflamação no órgão sob risco de desencadear um processo que gere uma infecção generalizada. Por isso, seja em diante de suspeitas ou apenas em cuidados de rotina, a consulta com um urologista de confiança é a opção mais indicada.

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