Relação entre a doença e o sistema circulatório coloca em risco a qualidade da vida sexual de homens mesmo antes dos 60 anos de idade.
Quando o assunto é hipertensão, a associação com a disfunção erétil (ou impotência) não é uma das principais preocupações do homem. Contudo, além de quadros graves de acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto, os danos causados pela elevação exagerada da pressão podem ser ainda maiores. Aliás, com o tempo, ela de fato pode afetar até mesmo a vida sexual masculina tanto de idosos como de adultos mais jovens.
Na verdade, os números da hipertensão no Brasil não são animadores. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mais de 63 milhões de brasileiros vivem com a doença e é possível outros ainda nem saibam. De fato, é possível que 50% das pessoas com mais de 65 anos tenham o problema. Já depois dos 75 anos, as chances sobem para 80%. Porém, qual é a ligação entre hipertensão e impotência?
Depois de compreender a realidade da “pressão alta” no País, é importante perceber como a doença interfere na vida sexual masculina. Dentre os possíveis prejuízos estão as demências vasculares, também conhecidas como efeitos negativos na circulação do sangue pelo corpo.
Como explica o médico Frederico Xavier, urologista da Singulari Medical Team, o pênis funciona como uma esponja e é aí que hipertensão e impotência se conectam. “Quando estimulado, ele se enche de sangue, o que provoca a ereção. Logo, qualquer fator que atrapalhe esse processo poderá causar dificuldade para manter o pênis ereto”, esclarece.
É comum que a hipertensão seja vista como um “assassino silencioso”. A falta de sintomas claros para a doença muitas vezes leva a um diagnóstico tardio, já quando surgem outras complicações. Inicialmente, idosos ainda são o principal grupo de risco. Porém, alguns hábitos alimentares e estilos de vida podem fazer com que o problema se manifeste em pessoas jovens.
Dentre eles, obesidade e sedentarismo podem aumentar o risco, especialmente quando somados ao excesso de sódio e bebida alcoólica. Realmente, estudos mostram uma relação quase direta e linear entre esses fatores e índices altos de pressão arterial.
Uma vez doente, o paciente corre o risco de sofrer danos em suas artérias causados pela pressão alta. Consequentemente, o bom fluxo sanguíneo, necessário para obter e manter uma ereção, fica comprometido. “Qualquer doença cardiovascular tem muita relação com o mecanismo da ereção, podendo sim causar impotência”, esclarece o médico urologista.
Diante disso, Frederico Xavier reforça a importância de buscar orientação médica e adotar uma rotina saudável para manter também a qualidade da vida sexual. “É recomendável aliar o controle do estresse, do sono e do peso a uma boa alimentação. São formas de prevenir e evitar a hipertensão arterial e, consequentemente, a impotência sexual. Isso se conecta de forma direta a uma melhor qualidade de vida”, completa.
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