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Colesterol: 67% dos brasileiros desconhecem níveis do próprio organismo

Sem fazer acompanhamento regular, brasileiros abrem espaço para propagação de desinformação sobre LDL e HDL. Entenda!

O colesterol é muito associado a algo ruim no senso comum, causando medo em muitas pessoas. Ao mesmo tempo, a desinformação propagada por sites e redes sociais é capaz de distorcer dados para alegar que, na verdade, é preciso manter níveis altos de colesterol para afastar o risco de doenças cardiovasculares.

Maioria dos brasileiros sequer sabem como andam os níveis de colesterol de seu corpo

Esse cabo de guerra deixa a pessoa comum perdida e os últimos dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que 67% dos brasileiros não sabem como estão os índices da substância no próprio organismo. Para a cardiologista Juliana Tranjan Coragem, membro da Singulari Medical Team, é preciso entender que o colesterol é um elemento essencial para o corpo e buscar informação qualificada para desvendar suas propriedades.

“Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, temos muito acesso à informação, tanto de qualidade como fantasiosa ou “fake news” que servem apenas para gerar polêmicas. Nós precisamos ter muito cuidado com o que lemos, precisamos de raciocínio crítico, para não cairmos em contos de fadas ou acreditar em tudo que chega até nós”, alerta.

A verdade sobre o colesterol

Como explica a especialista, o colesterol participa da formação das membranas celulares e da produção de hormônios. Contudo, falar apenas se o colesterol é bom ou ruim para o organismo é um pensamento que pode induzir ao erro. “Circulou nas redes sociais uma informação falando que o colesterol baixo aumenta a mortalidade por doenças cardiovasculares, mas isso não é verdade”, afirma a cardiologista.

De fato, ela destaca que o perigo do colesterol está relacionado a taxas alteradas da substância no corpo, pois se acumulam na parede das artérias e dificultam a circulação do sangue. Por isso, é fundamental saber como manter uma relação saudável com o colesterol ao invés de tratá-lo apenas como vilão ou como solução definitiva.

Colesterol é bom?

Muito se fala sobre o colesterol bom. A especialista esclarece que, como essa é uma substância necessária ao organismo, o HDL – lipoproteínas de alta densidade – é visto como um grande aliado. Isso porque, na verdade, ele ajuda o organismo a se livrar do excesso de gordura no sangue, levando-o até o fígado.

Com isso, o HDL é importante na prevenção de doenças cardíacas como a aterosclerose, que atinge principalmente a população acima dos 50 anos de idade, como informa a Secretaria de Estado de Saúde. Vale ressaltar que esse problema também é mais comum em homens. Isso acontece porque o organismo feminino usa as gorduras sanguíneas na produção do estrogênio.

O lado mal

No entanto, é tudo uma questão de equilíbrio, ou seja, para o HDL funcionar é necessário prevenir o excesso do temido “colesterol ruim”. Chamada de LDL – lipoproteínas de baixa densidade, a substância é responsável pela formação e acúmulo de placas de gordura nas artérias.

Isso prejudica a circulação sanguínea e leva a doenças graves como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e cardiopatias como infarto do miocárdio. Porém, nem tudo são espinhos quando o assunto é o LDL. Isso porque ele também contribui para o controle hormonal, níveis de vitamina D e a bile – substância essencial para a digestão.

“Diferente do que circula em redes sociais, todos os grandes estudos, publicações, diretrizes brasileiras, europeias e americanas, e grandes estudiosos do assunto mundialmente orientam que o colesterol, em especial o LDL, que é conhecido como ‘ruim’, é sim um vilão para a saúde das pessoas, para doença cardiovascular e aterosclerótica”, pontua.

Como controlar o colesterol?

Como reforça a cardiologista, o ideal é que quanto mais alto o colesterol HDL (“bom”) melhor. Já o no caso do LDL (“ruim”), quanto mais baixo melhor. “Assim o paciente consegue se proteger com relação às doenças cardiovasculares”, acrescenta. Esse controle inclui a mudança nos hábitos de vida, afinal, o sedentarismo e a má alimentação são seus principais fatores de risco.

Sendo assim, uma das principais recomendações para manter o colesterol bom e ruim sob controle está na adoção de uma dieta saudável, mais precisamente reduzindo o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcares. Além disso, também é aconselhado ingerir mais fibras e equilibrar a presença de carne vermelha – fonte de gorduras nocivas – com peixes e oleaginosas.

Outra forma de manter os níveis de HDL e LDL equilibrados é a prática de exercícios físicos regulares. Em especial com a realização frequente de atividades aeróbicas, o organismo se torna capaz de utilizar o colesterol ruim como fonte de energia e evitar que ele se acumule nas artérias.

Dra. Juliana Tranjan Coragem, cardiologista membro da Singulari Medical Team

Por fim, a especialista reforça que o acompanhamento médico especializado é fundamental para monitorar e regular os níveis de colesterol. “Embora tenha efeitos graves já citados, o acúmulo de placas é silencioso e os sintomas são percebidos, por exemplo, quando a qualidade da circulação sanguínea já está comprometida”, completa.

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