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Dieta e câncer: um alimento pode curar?

Apesar de existir relação entre dietas e o crescimento de tumores, será que simplesmente incluir ou banir alimentos é a solução?

Quando o assunto é dieta e câncer, a internet está repleta de recomendações sobre o que adicionar ou remover de sua rotina como forma de prevenção. De fato, na medida em que mudam as estações, surgem recomendações de alimentos que podem curar ou causar doenças. Volta e meia alguns são vistos como vilões ou transformados em heróis dos hábitos alimentares, mas com que frequência essas afirmações são válidas?

Para os especialistas da Singulari Medical Team, é importante ter cuidado com essas promessas e se questionar se realmente existem “superalimentos” que podem prevenir o câncer. Além disso, também é preciso ser realista. Isso significa avaliar a crença de que o consumo de um “produto ruim” por si só pode causar ou agravar a doença.

Mãos femininas seguram um donut mordido de um lado e uma maçã verde de outro em alusão a dietas que prometem curar o câncer.
É preciso ter cuidado antes de aderir a dietas que prometem curas milagrosas.

Alimentos que curam

Na verdade, a nutrição desempenha um papel importante na saúde em geral e uma dieta pobre pode influenciar as chances de desenvolver câncer. De acordo com evidências do World Cancer Research Fund, pelo menos 18% de todos os diagnósticos de câncer dos Estados Unidos estão ligados à má nutrição, excesso de peso, à falta de prática de exercícios ou álcool.

Não por acaso, a American Cancer Society recomenda hábitos alimentares saudáveis. Eles incluem muitos vegetais, frutas e grãos inteiros, bem como a limitação de carnes vermelhas, bebidas açucaradas, alimentos altamente processados ​​e grãos refinados.

Mito e as evidências

Ainda assim, a dúvida que persiste é como um alimento específico pode afetar o risco de câncer de uma pessoa. De acordo com nossa equipe, é fundamental tentar encontrar e entender as evidências – ou a falta delas. Isso é ainda mais necessário no caso das promessas de dieta mais populares relacionadas ao câncer.

Um exemplo que chama atenção é a afirmação de que o “açúcar alimenta o crescimento do tumor”. De fato, todas as células do corpo humano usam moléculas de açúcar – também conhecidas como carboidratos – como sua principal fonte de energia.

Não por acaso, isso inclui as células cancerosas. Porém, essa não é a única fonte de combustível. As células também podem usar outros nutrientes para crescer, como proteínas e gorduras. Além disso, não existem evidências de que simplesmente cortar o açúcar da dieta pode impedir que as células cancerosas se espalhem.

De acordo com a epidemiologista nutricional Carrie Daniel-MacDougall, do MD Anderson Cancer Center em Houston, se as células cancerosas não receberem açúcar, elas começarão a quebrar componentes de outros estoques de energia dentro do corpo.

Alguma coisa funciona?

Para todos os efeitos, os cientistas estão investigando se certas dietas podem ajudar a desacelerar o crescimento de tumores. Por exemplo, testes em roedores e humanos apresentaram evidências preliminares mostrando que a dieta cetogênica, que é pobre em carboidratos e rica em gordura, pode ajudar a retardar o crescimento de alguns tipos de tumores.

Dentre eles, estaria o do reto, mas para isso é necessário combinar o modelo alimentar com o padrão de tratamentos de câncer, como radiação e quimioterapia. Atualmente, ainda não há uma conclusão sobre como isso pode funcionar, mas os especialistas têm algumas hipóteses.

Na verdade, as dietas cetogênicas são boas para reduzir os níveis de insulina, um hormônio que ajuda as células a absorver açúcar. Ao mesmo tempo, pesquisas em camundongos mostram que altos níveis de insulina podem enfraquecer a capacidade de certas terapias para retardar o crescimento do tumor. Isso é algo que o médico oncologista Neil Iyengar, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center de Nova York, tem estudado junto de outros pesquisadores.

Contudo, ele mesmo frisa que os efeitos da dieta só são notados quando combinados à biologia do tumor. Em outras palavras, não se aplicam para a redução geral do risco de câncer. Isso reforça a importância de recorrer a profissionais especializados antes de assumir dietas ou condutas baseadas em fontes que, muitas vezes, não trazem nenhuma evidência científica consolidada. Na dúvida, procure seu médico!

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