É importante saber como lidar com essa arritmia cardíaca, que atinge entre 5% e 10% dos brasileiros, para minimizar os efeitos em casos de AVC.
A fibrilação atrial é uma das principais causas de acidente vascular cerebral. Embora seja pouco debatida, entender como essa arritmia funciona é importante para garantir o reconhecimento rápido dos sintomas de um AVC. De fato, essa resposta imediata é fundamental tanto para minimizar os efeitos como até para garantir a vida do paciente.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), esse tipo de arritmia é a segunda maior causa de mortes no mundo, afetando pelo menos 2,5% da população. Já no Brasil, estima-se que o problema vai atingir entre 5% e 10% dos brasileiros ao longo da vida.
Realmente, a fibrilação atrial é a arritmia mais frequente em nosso meio, sendo muito comum em idosos. Já seu diagnóstico é feito com base na documentação por eletrocardiograma com traçado demonstrando o ritmo de fibrilação. Afinal, ela é uma desregulação no ritmo cardíaco muito associada ao aumento substancial na morbimortalidade dos pacientes.
Por ser um problema multifatorial – conforme definem os médicos -, a preocupação com o problema e com o risco elevado de AVC aumenta. Isso significa dizer que sua origem envolve um número bastante variado de doenças e causas.
Dentre elas é possível listar a doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, doença valvar, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), apneia do sono, obesidade, tabagismo, consumo de álcool e até atividade física intensa em excesso como exemplos de gatilhos que podem desencadear a fibrilação atrial.
Como acontece com outras doenças, os idosos integram o principal grupo de risco com risco elevado de desenvolver a fibrilação atrial. Contudo, as probabilidades são ainda mais altas quando combinadas a comorbidades como as já citadas.
Por isso, de volta à busca por mais agilidade na resposta e prevenção ao AVC, o perigo dessa arritmia cardíaca está na alteração da contração atrial, que não ocorre da maneira habitual, correta. Assim, isso acaba formando o trombo, que são coágulos dentro do átrio esquerdo. É justamente quando esse trombo se solta que o paciente pode desenvolver eventos embólicos como o AVC.
Diante disso, a prevenção do AVC nos pacientes com fibrilação atrial deve ser feita por meio da anticoagulação, com o uso de medicação específica. Além disso, o tratamento pode ser feito com o controle do ritmo ou da frequência cardíaca.
Também por isso o acompanhamento é obrigatoriamente individualizado, feito caso a caso. Isso implica dizer que o melhor tratamento para cada paciente depende da causa exata da fibrilação atrial.
Por fim, é importante destacar que é possível prevenir a fibrilação mesmo com o avanço da idade. Para isso, é fundamental adotar medidas e hábitos de vida saudáveis. Aliás, caso o paciente tenha alguma patologia como hipertensão ou diabetes, ele deve tratá-la adequadamente para evitar consequências ou complicações dessas comorbidades. Então, não deixe de fazer seu acompanhamento regular.
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