Com número baixo de doadores, cirurgião hepatopancreatobiliar reforça medidas de cuidado básico e vacinação. Saiba mais!
A hepatite ainda tem os diversos esforços de prevenção as formas mais seguras de combate à doença. Para o cirurgião hepatopancreatobiliar Edmond Le Campion, membro da Singulari Medical Team, reforçar essas medidas é cada vez mais importante. Como ele destaca, o principal motivo é o cenário da doação de órgãos no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto), o número de doadores caiu 4,5% na comparação entre 2021 e 2020. Diante disso, o médico reforça a importância da vacinação e de cuidados básicos.
Como Edmond Le Campion explica, as hepatites virais ainda estão entre as principais causas de cirrose hepática, especialmente as causadas pelos vírus da hepatite B e C. “É importante conscientizar a população em buscar a vacinação contra hepatite B, e, no caso da hepatite C, por não termos uma vacina eficaz, evitar contato com sangue e materiais contaminados, por exemplo”, frisa.
Contudo, o especialista lembra ainda que existem outras formas de contaminação e que a atenção com cuidados básicos é fundamental para manter a saúde hepática. “Também temos a hepatite A, onde a contaminação ocorre por transmissão oro-fecal, por meio de água e alimentos contaminados. Assim, medidas comuns de saneamento básico, incluindo higienização de alimentos e purificação da água, são exemplos de mecanismos preventivos”, explica.
Outro ponto que eleva o perigo dos diversos tipos de hepatite é a falta de sintomas claros. Isso pode contribuir para que o paciente evolua para quadros graves antes mesmo de fazer o diagnóstico adequado da doença.
Para todos os efeitos, os pacientes que desenvolvem sintomas podem apresentar dor abdominal, olhos amarelados, urina escura, febre e astenia (caracterizada pela fraqueza e falta de energia generalizada). “Devido aos casos assintomáticos, é importante a realização de exames de sangue (sorológicos) para as hepatites B e C”, reforça.
Esse acompanhamento médico e as medidas preventivas ganharam ainda mais relevância diante do aumento no número de casos em crianças no continente europeu em 2022 e que também já contabilizam algumas ocorrências no Brasil.
Como explica o cirurgião hepatopancreatobiliar, há muita incerteza em relação a esse surto de hepatite aguda e ainda não se sabe a causa ou origem do problema. De acordo com o especialista, nos casos em que os pacientes evoluíram com hepatite fulminante é necessária a realização do transplante de fígado. “A sociedade civil precisa se sensibilizar e lembrar da importância da doação de órgãos. Este gesto heroico pode salvar muitas vidas”, finaliza.
Também por isso, fica mais evidente a necessidade de procurar um médico especialista ao primeiro sinal de sintomas repentinos e sem explicação aparente. Cuide-se!
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