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“Hormônios do estresse” podem causar doenças?

Hormônios do estresse podem estar relacionados ao risco aumentado de doenças, mas é preciso evitar o senso comum. Entender o risco real.

Os “hormônios do estresse” fazem parte de um medo comum e não por acaso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 90% da população mundial seja impactada pelo estresse, enquanto no Brasil a porcentagem seria de cerca de 70%, de acordo com a Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil (Isma-BR).

Executivo negro com camisa azul encara laptop com as mãos na cabeça e feição que demonstra estresse.
A falta de informação sobre os “hormônios do estresse” também pode ser perigosa.

Em meio a esses números, uma pesquisa publicada no periódico da Associação Americana do Coração sugere que altos níveis de hormônios relacionados ao estresse podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e hipertensão. Contudo, os especialistas da Singulari Medical Team ressaltam que é preciso entender como essas substâncias realmente se comportam e ter cuidado com o senso comum.

Níveis dos “hormônios do estresse”

Segundo o novo estudo, a elevação da adrenalina, noradrenalina, dopamina e cortisol poderia estar associada a um risco aumentado de 21% a 31% de hipertensão, bem como o aumento de 90% da probabilidade de eventos cardiovasculares. Porém, apesar dos resultados, na prática clínica não existem sinais que determinem a necessidade de fazer essa dosagem hormonal.

Além disso, a Endocrine Society – organização médica internacional da área de endocrinologia e metabolismo – não considera a fadiga adrenal como uma patologia real. Esse posicionamento parte da falta de evidências científicas. Segundo a entidade, ainda não é possível apontar que essa exaustão seja capaz de esgotar as glândulas adrenais e causar qualquer tipo de sintoma.

De fato, esse assunto circula. No entanto, o aumento de cortisol é uma doença específica, com características definidas. Ainda que aconteçam as queixas de estresse na consulta, não existe motivo nenhum para dosar o hormônio apenas com base nisso. Ou seja, isso não é suficiente para iniciar um tratamento.

Por isso, esse é um tema delicado, afinal está muito atrelado ao senso comum. Embora o cortisol seja medido em casos específicos – por meio de amostras de sangue, saliva ou urina -, os níveis de adrenalina, noradrenalina e dopamina não são dosados fora do ambiente de pesquisas.

Quando o perigo é real

Dito isso, de fato existem situações em que a dosagem de alguns hormônios deve ser feita, mas o estresse não é um dos gatilhos. Isso acontece quando há uma clínica que leva à suspeição do aumento do hormônio – hipercortisolismo -, caracterizado na Síndrome de Cushing, ou pela redução – hipocortisolismo -, principalmente na insuficiência adrenal ou Doença de Addison.

Na verdade, pode haver alteração de humor na esteira do aumento de cortisol registrado em casos de Cushing. Isso sim pode culminar em um quadro de maior estresse. De qualquer forma, é importante lembrar que essas doenças não são muito comuns.

Vigilância constante

Sendo assim, a melhor forma de se manter seguro com relação a alterações hormonais e seus efeitos é fazer visitas regulares ao endocrinologista. O intervalo deve ser definido de acordo com cada paciente e eventuais comorbidades associadas.

Para pacientes saudáveis, recomenda-se consultas pelo menos uma vez ao ano para se fazer a rotina em busca de alterações metabólicas como o diabetes, a dislipidemia, alterações da tireoide e de vitamina. No entanto, caso existam patologias como o diabetes, é necessário aumentar essa frequência. Na ocorrência de uma doença descompensada, pode ser necessário ver o paciente todo mês, às vezes até toda semana. Ainda assim, um paciente com o controle bom pode ser visto uma vez a cada três a seis meses. Mantenha-se informado e cuide-se!

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Responsável técnico: Dra. Ana Flávia Ribeiro dos Santos Cavalcante - CRM - GO 13536

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