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Jejum intermitente pode prevenir câncer?

Apesar dos benefícios das dietas, especialistas explicam que estratégias alimentares não são solução milagrosa para o câncer. Saiba mais.

O jejum intermitente voltou mais uma vez ao debate. Dessa vez, o surfista Pedro Scooby, participante do Big Brother 22, afirmou que segue o protocolo alimentar. O que chamou mais atenção, no entanto, foi a afirmação dele de que o modelo de dieta serve para prevenir o câncer ou que as “células boas comem as células ruins”. Contudo, os especialistas da Singulari Medical Team esclarecem que é preciso entender o que existe de concreto na relação entre dieta e tumores cancerígenos.

Apesar de seus benefícios, jejum intermitente e outras dietas estão longe de ser solução para doenças como o câncer.

Jejum intermitente e câncer

De fato, a nutrição desempenha um papel importante na saúde em geral e uma dieta pobre pode influenciar as chances de desenvolver câncer. De acordo com a American Cancer Society, cerca de 1 em 5 cânceres nos EUA. Mais do que isso, cerca de 1 em 6 mortes por câncer podem estar ligados à má nutrição, excesso de peso, a falta da prática de exercícios ou ao consumo de álcool.

Por isso mesmo, a entidade recomenda hábitos alimentares saudáveis como consumir muitos vegetais, frutas e grãos inteiros. Além disso, aconselha também a limitação de carnes vermelhas, bebidas açucaradas, alimentos altamente processados ​​e grãos refinados.

O mito e as evidências

Contudo, também que é fundamental tentar encontrar e entender quais são as evidências por trás de algumas das alegações de dieta mais populares, em especial quando relacionadas ao câncer – ou a falta delas.

Um exemplo que demanda atenção é a alegação de que o “açúcar alimenta o crescimento do tumor”. De fato, todas as células do corpo humano usam moléculas de açúcar – também conhecidas como carboidratos – como sua principal fonte de energia e isso inclui as cancerosas. Porém, essa não é a única fonte de combustível. As células podem usar outros nutrientes para crescer, como proteínas e gorduras.

Além disso, é importante ressaltar que não existem evidências de que simplesmente cortar o açúcar da dieta pode impedir que as células cancerosas se espalhem.

As células boas comem as ruins?

Realmente, existem indícios de que se as células cancerosas não receberem açúcar, elas começarão a quebrar outros estoques de energia dentro do corpo. Para todos os efeitos, os cientistas ainda estão investigando se certas dietas podem mesmo ajudar a desacelerar o crescimento de tumores.

Por exemplo, testes apresentaram evidências preliminares mostrando que a dieta cetogênica, que é pobre em carboidratos e rica em gordura, pode ajudar a retardar o crescimento de alguns tipos de tumores. Porém, para isso é necessário combinar o modelo alimentar com o padrão de tratamentos de câncer, como radiação e quimioterapia.

Mas como funciona o jejum intermitente?

Já o jejum intermitente pode mesmo ser uma boa estratégia alimentar, apesar da falta de evidências com relação a sua influência sobre células cancerosas. Contudo, não se trata apenas de ficar longos períodos sem comer e os alimentos ingeridos dentro da janela permitida também precisam ser bem pensados.

Em outras palavras, exagerar em uma refeição e depois ficar por 12 ou 16 horas sem comer não é o mesmo que fazer jejum intermitente. Na verdade, os especialistas se referem à pratica como “compensação”. Da mesma forma, dar um intervalo e comer um prato farto de macarrão para quebrar o jejum também não terá o efeito esperado. Na verdade, o resultado do jejum depende do tipo de alimento ingerido nessa janela.

Além disso, para interromper esse intervalo de forma eficaz, a última refeição antes e aquela logo depois do período devem sempre ter legumes, uma proteína e carboidratos complexos como uma batata inglesa, batata doce ou batata mandioquinha, por exemplo.

Da mesma forma, durante o jejum a pessoa deve se limitar à ingestão de água, café e chá. Porém, nada de adoçante, já que ele vai interromper o processo metabólico buscado. Vale ressaltar que suco de limão e shots matinais também quebram o jejum.

Uma série de benefícios

Para os especialistas, outra vantagem está no fato de que o jejum intermitente traz adaptações metabólicas. Sendo assim, o protocolo ajuda a melhorar o metabolismo, a diminuir a formação de antioxidantes e a combater o envelhecimento precoce, dentre outros benefícios.

Indo além, a estratégia alimentar também auxilia na melhora da glicemia e no controle alimentar, dando à pessoa maior domínio sobre os alimentos e trazendo outros benefícios. No entanto, assim como outras dietas, é fundamental consultar um nutricionista antes de começar. Afinal, mudanças na alimentação não devem ser adotadas de forma leviana por qualquer um.

Mais do que isso, nenhuma tendência alimentar ou informações virais encontradas na internet ou redes sociais devem substituir o acompanhamento com profissionais de saúde. O mesmo vale para os tratamentos prescritos por eles, seja para o câncer ou para qualquer outro problema.

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